terça-feira, 3 de setembro de 2013

O Quinto Mandamento



Quinto Mandamento: Não Matarás




“Não matarás” (Ex 20,13). Jesus disse no Sermão da Montanha: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal”. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal (Mt 5,21-22).

Portanto, o quinto Mandamento não proíbe apenas “não matar”, mas todo ato ou pensamento que possa ferir o outro física ou moralmente. Assim, a calúnia, a difamação, a perseguição, a exploração da pessoa em qualquer forma, a vingança, o ódio, etc., são pecados contra o Mandamento.A Igreja ensina que toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada, porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e à semelhança do Deus vivo e santo. Por isso não se admite o aborto, a eutanásia e o assassinato; são graves ofensas a Deus. A Igreja condena com pena canônica de excomunhão o crime do aborto; os que o praticarem e os que o promoverem. O embrião humano deve ser tratado como uma pessoa desde a sua concepção, e deve ser defendido em sua integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano. Por isso, a Igreja não aceita a manipulação dos embriões e o desenvolvimento de células tronco embrionárias para fins terapêuticos, porque neste processo se destrói os embriões, que já são vidas humanas. Também a inseminação artificial é proibida pela Igreja, que entende que somente o casal pode gerar os filhos no ato conjugal do seu amor.

A proibição de matar não anula o direito de tirar a um opressor injusto a possibilidade de fazer o mal aos outros. A legítima defesa é um dever grave para quem é responsável pela vida alheia ou pelo bem comum.

A eutanásia voluntária, sejam quais forem as formas e os motivos, constitui um assassinato. É gravemente contrária à dignidade da pessoa humana e ao respeito do Deus vivo, seu Criador. A pessoa humana tem o direito de morrer quando Deus desejar.



O suicídio é gravemente contrario a lei de Deus, mas o suicida pode ter sua culpa diminuída por razões psicológicas (medo, depressão, etc.). A Igreja pede que se reze por eles e ninguém deve desanimar de sua salvação.

O escândalo é também pecado contra o quinto Mandamento; pois constitui uma falta grave quando, por ação ou por omissão, leva intencionalmente o outro a pecar gravemente.

Também a guerra ofende ao quinto Mandamento pelos males e injustiças que acarreta; devemos fazer tudo o que for razoavelmente possível para evitá-la. A Igreja ora: “Da fome, da peste e da guerra livrai-nos, Senhor”. As práticas deliberadamente contrárias ao direito dos povos e a seus princípios universais constituem crimes.

A Igreja condena também a corrida armamentista, extremamente grave e prejudicial. “Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

***A Verdadeira causa da renuncia do Papa***



Post retirado do site:http://padrepauloricardo.org/blog/o-papa-que-sempre-renunciou?utm_source=Lista+-+padrepauloricardo.org&utm_campaign=5bb16fc642-Newsletter_15fev2013&utm_medium=email

15/02/2013 10:21 | Categoria: Bento XVI

O Papa que sempre renunciou!

Multiplicam-se as mensagens de apoio e afeto ao Santo Padre, o Papa Bento XVI, após o anúncio de sua renúncia, sobretudo por parte dos jovens. O Papa que foi calorosamente acolhido pela juventude no dia em que foi eleito como novo pontífice é agora mais uma vez aclamado pelo seu exemplo de fidelidade, amor e, principalmente, humildade.


Leia abaixo o emocionante artigo de um jovem de 23 anos sobre esse evento histórico para fé católica:



A verdadeira causa da renúncia do Papa.


Tenho 23 anos e ainda não entendo muitas coisas. E há muitas coisas que não se podem entender às 8 da manhã quando te dirigem a palavra para dizer com a maior simplicidade: "Daniel, o papa se demitiu". E eu de supetão respondi: "Demitiu?" A resposta era mais do que óbvia, "Quer dizer que renunciou, Daniel, o Papa renunciou!"

O Papa renunciou. Assim irão acordar inúmeros jornais da manhã, assim começará o dia para a maioria. Assim, de um instante para o outro, uns quantos perderão a fé e outros muitos fortalecerão a sua. Mas este negócio de o Papa renunciar é uma dessas coisas que não se intendem.


Eu sou católico. Um entre tantos. Destes católicos que durante sua infância foi levado à Missa, depois cresceu e foi tomado pelo tédio. Foi então que, a uma certa altura, joguei fora todas as minhas crenças e levei a Igreja junto. Porém a Igreja não é para ser levada nem por mim, nem por ninguém (nem pelo Papa). Depois a uma certa altura de minha vida, voltei a ter gosto por meu lado espiritual (sabe como é, do mesmo jeito como se fica amarrado na menina que vai à Missa, e nos guias fantásticos que chamamos de padres), e, assim, de forma quase banal e simples, continuei por um caminho pelo qual hoje eu digo: sou católico. Um entre muitos, sim, porém, mesmo assim, católico. Porém, quer você seja um doutor em teologia ou um analfabeto em escrituras (destes como existem milhões por aí), o que todo mundo sabe é que o Papa é o Papa. Odiado, amado, objeto de zombaria e de orações, o Papa é o Papa, e o Papa morre como Papa.


Por isto, quando acordei com a notícia, como outros milhões de seres humanos, nos perguntamos: por que? Por que renuncias, senhor Ratzinger? Ficou com medo? Foi consumido pela idade? Perdeu a fé? Ganhou a fé? E hoje, depois de 12 horas, acho que encontrei a resposta: o Senhor Ratzinger renunciou, porque é o que ele fez a sua vida inteira.
É simples assim.


O Papa renunciou a uma vida normal. Renunciou a ter uma esposa. Renunciou a ter filhos. Renunciou a ganhar um salário. Renunciou à mediocridade. Renunciou às horas de sono, em troca de horas de estudo. Renunciou a ser um padre a mais, porém também renunciou a ser um padre especial. Renunciou a encher sua cabeça de Mozart, para enchê-la de teologia. Renunciou a chorar nos braços de seus pais. Renunciou a estar aposentado aos 85 anos, desfrutando de seus netos na comodidade de sua casa e no calor de uma lareira. Renunciou a desfrutar de seu país. Renunciou à comodidade de dias livres. Renunciou à vaidade. Renunciou a se defender contra os que o atacavam. Pois bem, para mim a coisa é óbvia: o Papa é um sujeito apegado à renúncia.


E hoje ele volta a demonstrá-lo. Um Papa que renuncia a seu pontificado, quando sabe que a Igreja não está em suas mãos, mas na de algo ou alguém maior, parece-me um Papa sábio. Ninguém é maior que a Igreja. Nem o Papa, nem os seus sacerdotes, nem seus leigos, nem os casos de pederastia, nem os casos de misericórdia. Ninguém é maior do que ela. Porém, ser Papa a esta altura da história, é um ato de heroísmo (destes que se realizam diariamente em meu país e ninguém os nota). Eu me lembro sem dúvida da história do primeiro Papa. Um tal... Pedro. Como foi que morreu? Sim, numa cruz, crucificado como o seu mestre, só que de cabeça para baixo.


Nos dias de hoje, Ratzinger se despede da mesma maneira. Crucificado pelos meios de comunicação, crucificado pela opinião pública e crucificado por seus próprios irmãos católicos. Crucificado à sombra de alguém mais carismático. Crucificado na humildade, essa que custa tanto entender. É um mártir contemporâneo, destes a respeito dos quais inventam histórias, destes que são caluniados, destes que são acusados, e não respondem. E quando responde, a única coisa que fazem é pedir perdão. "Peço perdão por minhas faltas". Nem mais, nem menos. Que coragem, que ser humano especial. Mesmo que eu fosse um mórmon, ateu, homossexual ou abortista, o fato de eu ver um sujeito de quem se diz tanta coisa, de quem tanta gente faz chacota e, mesmo assim, responde desta forma... este tipo de pessoas já não existe em nosso mundo.


Vivo em um mundo onde é divertido zombar do Papa, porém é pecado mortal fazer piada de um homossexual (para depois certamente ser tachado de bruto, intolerante, fascista, direitista e nazista). Vivo num mundo onde a hipocrisia alimenta as almas de todos nós. Onde podemos julgar um sujeito que, com 85 anos, quer o melhor para a Instituição que representa. Nós, porém, vamos com tudo contra ele porque, "com que direito ele renuncia?" Claro, porque no mundo NINGUÉM renuncia a nada. Como se ninguém tivesse preguiça de ir à escola. Como se ninguém tivesse preguiça de trabalhar. Como se vivesse num mundo em que todos os senhores de 85 anos estivessem ativos e trabalhando (e ainda por cima sem ganhar dinheiro) e ajudando a multidões. Pois é.


Pois agora eu sei, senhor Ratzinger, que vivo em um mundo que irá achá-lo muito estranho. Num mundo que não leu seus livros, nem suas encíclicas, porém que daqui a 50 anos ainda irá recordar como, com um gesto simples de humildade, um homem foi Papa e, quando viu que havia algo melhor no horizonte, decidiu afastar-se por amor à Igreja. Morra então tranquilo, senhor Ratzinger. Sem homenagens pomposas, sem corpo exibido em São Pedro, sem milhares chorando e esperando que a luz de seu quarto seja apagada. Morra então como viveu, embora fosse Papa: humilde.
Bento XVI, obrigado por suas renúncias.


Quero somente pedir minhas mais humildes desculpas se alguém se sentiu ofendido ou insultado com meu artigo. Considero a cada uma (mórmons, homossexuais, ateus e abortistas) como um irmão meu, nem mais nem menos. Sorriam, que vale a pena ser feliz.


Veja o texto original:

¡Siempre renuncias, Benedicto!

La verdadera causa de la renuncia del Papa.
Tengo 23 años y aún no entiendo muchas cosas. Y hay muchas cosas que no se pueden entender a las 8:00am cuando te hablan para decirte escuetamente: "Daniel, el papa dimitió." Yo apresuradamente contesté: "¿Dimitió?". La respuesta era más que obvia, "O sea renunció, ¡Daniel, el papa renunció!"
El Papa renunció. Así amanecerán sin fin de periódicos mañanas, así amaneció el día para la mayoría, así de rápido perdieron la fe unos cuantos y otros muchos la reforzaron. Y que renunciara, es de esas cosas, que no se entienden.
Yo soy católico. Uno de tantos. De esos que durante su infancia fue llevado a misa, luego creció y le agarró apatía. En algún punto me llevé de la calle todas mis creencias y a la Iglesia de paso, pero la Iglesia no está para ser llevada ni por mí, ni por nadie (ni por el Papa). En algún punto de mi vida, le volví a agarrar cariño a mi parte espiritual (muy de la mano con lo que conlleva enamorarse de la chavita que va a misa, y dos extraordinarios guías llamados padres), y así de banal, y así de sencillo, recontinué un camino en el que hoy digo: Yo soy católico. Uno de muchos, si, pero católico al fin. Pero así sea un doctor en teología, o un analfabeta de las escrituras (de esos que hay millones), lo que todo mundo sabe es que el Papa es el Papa. Odiado, amado, objeto de burlas y oraciones, el Papa es el Papa, y el Papa se muere siendo Papa.
Por eso hoy cuando amanecí con la noticia, yo, al igual que millones de seres humanos..nos preguntamos ¿porqué?. ¿Porqué renuncia señor Ratzinger?. ¿Le entró el miedo?. ¿Se lo comió la edad?. ¿Perdió la fe?. ¿La ganó?. Y hoy, después de 12 horas, creo que encontré la respuesta: El señor Ratzinger, ha renunciado toda su vida.
Así de sencillo.
El Papa renunció a una vida normal. Renunció a tener una esposa. Renunció a tener hijos. Renunció a ganar un sueldo. Renunció a la mediocridad. Renunció a las horas de sueño, por las horas de estudio. Renunció a ser un cura más, pero también renunció a ser un cura especial. Renunció a llenar su cabeza de Mozart, para llenarla de teología. Renunció a llorar en los brazos de sus padres. Renunció a teniendo 85 años, estar jubilado, disfrutando a sus nietos en la comodidad de su hogar y el calor de una fogata. Renunció a disfrutar su país. Renunció a tomarse días libres. Renunció a su vanidad. Renunció a defenderse contra los que lo atacaban. Vaya, me queda claro, que el Papa fue un tipo apegado a la renuncia.
Y hoy, me lo vuelve a demostrar. Un Papa que renuncia a su pontificado cuando sabe que la Iglesia no está en sus manos, sino en la de algo o alguien mayor, me parece un Papa sabio. Nadie es más grande que la Iglesia. Ni el Papa, ni sus sacerdotes, ni sus laicos, ni los casos de pederastia, ni los casos de misericordia. Nadie es más que ella. Pero ser Papa a estas alturas del mundo, es un acto de heroísmo (de esos que se hacen a diario en mi país y nadie nota). Recuerdo sin duda, las historias del primer Papa. Un tal..Pedro. ¿Cómo murió? Si, en una cruz, crucificado igual que a su maestro, pero de cabeza.
Hoy en día, Ratzinger se despide igual. Crucificado por los medios de comunicación, crucificado por la opinión pública y crucificado por sus mismos hermanos católicos. Crucificado a la sombra de alguien más carismático. Crucificado en la humildad, esa que duele tanto entender. Es un mártir contemporáneo, de esos a los que se les pueden inventar historias, a esos de los que se les puede calumniar, a esos de los que se les puede acusar, y no responde. Y cuando responde, lo único que hace es pedir perdón. ‘Pido perdón por mis defectos’. Ni más, ni menos. Que pantalones, que clase de ser humano. Podría yo ser mormón, ateo, homosexual y abortista, pero ver a un tipo, del que se dicen tantas cosas, del que se burla tanta gente, y que responda así..ese tipo de personas, ya no se ven en nuestro mundo.
Vivo en un mundo donde es chistoso burlarse del Papa, pero pecado mortal burlarse de un homosexual (y además ser tachado de paso como mocho, intolerante, fascista, derechista y nazi). Vivo en un mundo donde la hipocresía alimenta las almas de todos nosotros. Donde podemos juzgar a un tipo de 85 años que quiere lo mejor para la Institución que representa, pero le damos con todo porque "¿con qué derecho renuncia?". Claro, porque en el mundo NADIE renuncia a nada. A nadie le da flojera ir a la escuela. A nadie le da flojera ir a trabajar. Vivo en un mundo donde todos los señores de 85 años están activos y trabajando (sin ganar dinero) y ayudan a las masas. Si, claro.
Pues ahora sé Señor Ratzinger, que vivo en un mundo que lo va a extrañar. En un mundo que no leyó sus libros, ni sus encíclicas, pero que en 50 años recordará cómo, con un simple gesto de humildad, un hombre fue Papa, y cuando vio que había algo mejor en el horizonte, decidió apartarse por amor a su Iglesia.Va a morir tranquilo señor Ratzinger. Sin homenajes pomposos, sin un cuerpo exhibido en San Pedro, sin miles llorándole aguardando a que la luz de su cuarto sea apagada. Va a morir, como vivió aún siendo Papa: humilde.
Benedicto XVI, muchas gracias por renunciar.
Sólo quiero pedir mi más humilde y sincera disculpa, si alguien se sintió ofendido o insultado con mi artículo. Considero a cada uno (mormones, homosexuales, ateos y abortistas) como un hermano mío, ni más, ni menos. Sonrían, que vale la pena ser feliz.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O Quarto Mandamento

Quarto mandamento: Honrar pai e mãe

Deus estabeleceu a humanidade sobre a família, e colocou os pais como os primeiros educadores dos filhos; por isso colocou este Mandamento: “Honra teu pai e tua mãe” (Dt 5,16; Mc 7,8).

“Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Ex 20,12). Jesus cumpriu com perfeição este mandamento: “Era-lhes submisso” (Lc 2,51). São Paulo ensinou aos cristãos: “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isso é justo. “Honra teu pai e tua mãe”; este é o primeiro mandamento acompanhado de promessas: “para seres feliz e teres uma longa vida sobre a terra””(Ef 6,1-3). “Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, pois isso é agradável ao Senhor” (Cl 3,20).

O respeito do filho pelos pais se revela pela docilidade e pela obediência: “Meu filho, guarda os preceitos de teu pai, não rejeites a instrução de tua mãe… Quando caminhares, te guiarão; quando descansares, te guardarão; quando despertares, te falarão” (Pr 6,20-22). Ensina a Igreja que “Deus quis que, depois dele, honrássemos nossos pais e os que Ele, para nosso bem, investiu de autoridade”. (Catecismo, §2248) Fazendo eco a essas palavras o Papa João Paulo II, disse na Carta às Famílias: “a mãe”, porque eles são para ti, em determinado sentido, os representantes do Senhor, aqueles que te deram a vida, que te introduziram na existência: numa estirpe, numa nação, numa cultura. Depois de Deus são eles os teus primeiros benfeitores…. E por isso: honra os teus pais! Há aqui uma certa analogia com o culto devido a Deus” (CF, 15).

Um aspecto importante na educação dos filhos é a “Bênção dos pais”. Diz o livro do Eclesiástico: “Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência a fim de que ele te dê a sua bênção”. Honrar é uma expressão muito forte, quer dizer “encher de honra”, de glória, de respeito … e tudo isto deve ser feito “por teus atos e tuas palavras”. “… afim de que ele te dê a sua benção e que esta permaneça em ti até o teu último dia” (Eclo 3, 9- 10).

A benção dos pais para os filhos não é mera formalidade social ou tradicional; mas é a benção do próprio Deus para os filhos “através” dos pais, por meio daqueles que lhe deram a vida.


*O quarto mandamento vai muito alem que obedecer, respeitar e amar nossos pais, honramos à Deus acima de tudo.(Ada Lira)*

Honrar nosso pai é o mesmo que honrar a Deus






A grande e honrosa tarefa que Deus reservou para os pais é a de gerar e educar os seus filhos. Os pais são cooperadores de Deus na maior de todas as missões, gerar os filhos de Deus, à sua imagem e semelhança. Nada pode se igualar à sublimidade desta obra. Se é importante e digno produzir os bens que utilizamos: casas, roupas, móveis, alimentos, etc, quanto mais digno e nobre é dar a vida a novos seres humanos? Uma só vida humana vale mais do que todo o universo material, pois nada disso tem uma alma imortal, imagem e semelhança do próprio Deus.
O Catecismo da Igreja nos ensina que “a paternidade divina é a fonte da paternidade humana”(§ 2214), e que aí está o “fundamento da honra devida aos pais”. Os filhos devem aos pais o “dom da vida”.

Por ser muito grande a missão dos pais, Deus lhes cobre de glória, e obriga os filhos a honrá-los. É impressionante notar como Deus exalta a figura dos pais, em face da sua missão importantíssima de gerar e educar os filhos.

O destaque aos pais começa pelo fato de um dos Mandamentos, o quarto, ser dedicado a eles: “Honrar pai e mãe”. São Paulo nota que “este é o primeiro mandamento que vem acompanhado de uma promessa: Honra teu pai e tua mãe, para que sejas feliz e tenhas vida longa sobre a terra” (Dt 5,16; Ex 20,12; Ef 6,2).

Honrar quer dizer encher de honra; reconhecer a sua dignidade…

Todo o capítulo 3 do Livro do Eclesiástico mostra a importância dos pais na vida dos filhos, a importância da autoridade que Deus lhes confiou e a necessidade dos filhos lhes obedecerem.

“Ouvi, meus filhos, os conselhos de vosso pai, segui-os de tal modo que sejais salvos” (Eclo 3,2).

O filho que desprezar esses conselhos corre o risco de se perder nos caminhos perigosos da vida. Muitos jovens se tornaram escravos dos vícios, da droga, do crime, da prostituição, e de tantos outros males, porque não ouviram os conselhos do seu pai. Outros se perderam porque os seus pais não lhes deram esses conselhos.

A autoridade dos pais vem de Deus; essa autoridade não é usurpada, nem falsa, é autêntica. Jesus disse a Pilatos que “toda autorida e vem de Deus” (Jo 19,11).


“Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração” (v. 5 e 6).

Quem de nós não deseja encontrar alegria em seus filhos?

Quem não deseja ser atendido por Deus em sua oração ?

Pois bem, essas são promessas que Deus faz aos filhos que honrarem os seus pais.

“Quem honra seu pai gozará de vida longa… (v.7).

Esta “vida longa”, que para os judeus era sinal da bênção, significa uma vida abençoada por Deus.

“Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência a fim de que ele te dê a sua bênção … afim de que ele te dê a sua benção e que esta permaneça em ti até o teu último dia “ (V. 9 e10).

Diz ainda o Eclesiástico que:

“A benção do pai fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces” (v.11).

Quantos filhos ofendem os seus pais por palavras: ofensas, zombarias, palavrões!…

A benção dos pais para os filhos não é mera formalidade social ou tradicional; mas é benção do próprio Deus para os filhos “através” dos pais.

Urge portanto resgatar este santo costume:

“A benção pai!” “Deus te abençoe meu filho!”

Tenho uma grande alegria ao ver os meus cinco filhos me pedirem essa benção, beijando minha mão e meu rosto. É com toda a força da minha alma que os abençôo; e sei que a benção de Deus vai com eles. Diz ainda o Eclesiástico:

“Meu filho, ajuda a velhice do teu pai, não o desgoste durante a vida” (v. 14).

O cuidado com os pais deve ser esmerado, sobretudo na velhice. Sabemos que é incômodo cuidar dos velhos, doentes, às vezes ranzinzas. Mas é nesta hora, sobretudo, que se prova o amor dos filhos por eles.

“Se seu espírito desfalecer sê indulgente, não o desprezes porque te sentes forte, pois tua caridade para com o teu pai não será esquecida” (v. 15).

Eis uma realidade: os pais também têm defeitos. Mas Deus quer recompensar ricamente o filho que, com paciência, suporta esses defeitos e, assim mesmo, honra os pais. Se esses são difíceis, intolerantes, cheios de manias, maior será o mérito do filho diante de Deus, por ter honrado um pai ou uma mãe tão difícil. Deus sabe que há pais terríveis: alguns bêbados, outros drogados, criminosos, adúlteros, etc… mas, é por isso mesmo que ele oferece aos filhos três belas recompensas (cf. Eclo 3, 16) para aqueles que, na caridade e na paciência, por amor a Deus, os suportarem, mesmo com os seus defeitos.

Tenho trabalhado com jovens; e sei que muitos sofrem por causa dos problemas dos pais. No entanto, por amor a Deus, na força do Espírito Santo, tenho visto muitos jovens superarem os ressentimentos causados pelos pais; muitos até têm contribuído decididamente para a conversão dos pais e a mudança de suas vidas.

Quanto mais difícil for para você, jovem, amar e honrar o seu pai, por causa dos seus defeitos, tanto mais terá méritos diante de Deus e tanto mais será recompensado e abençoado.

Se o teu pai não lhe der amor “vingue-se” dele, amando-o; fazendo por ele o que talvez os teus avós não puderam fazer por ele. A “vingança do cristão é o perdão”.

“Meu filho, guarda os preceitos de teu pai… Quando caminhares, te guiarão; quando descansares, te falarão” (Pr 6,20-22).

“Um filho sábio escuta a disciplina do pai, e o zombador não escuta a reprimenda” (Pr 13,1).

Quero terminar deixando aqui uma pergunta para os filhos: Na sua casa, você é um problema a mais para o seu pai, ou você é solução para os seus problemas? Você reza por ele? Você o perdoa? Você sabia que muitas vezes o pai chora por causa do filho silêncio do seu quarto!?…

Fonte: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O Terceiro Mandamento

Terceiro Mandamento: Guardar domingo e dias santos

O Terceiro Mandamento nos lembra que o domingo é o dia do Senhor e a ele deve ser dedicado. “Trabalharás durante seis dias e farás todas as tuas obras. O sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor, teu Deus. Não farás nenhum trabalho”. (Ex 20,8-10) O dia do sábado no Antigo Testamento lembrava também a libertação de Israel do Egito. No Novo Testamento recorda agora a Páscoa de Jesus e sua Ressurreição no domingo; por isso, a Igreja, desde os Apóstolos guarda o domingo como o dia do Senhor. (Dominus)

Jesus ressuscitou dentre os mortos “no primeiro dia da semana” (Mc 16,2). Este “primeiro dia”, o dia da Ressurreição de Cristo, lembra a primeira criação. Enquanto “oitavo dia”, que segue ao sábado, significa a nova criação inaugurada com a Ressurreição de Cristo. Para os cristãos, ele se tomou o primeiro de todos os dias, a primeira de todas as festas, o dia do Senhor (“dies dominica”) o “domingo”. São Justino já no século II dizia: “Reunimo-nos todos no dia do sol, porque é o primeiro dia (após o sábado dos judeus, mas também o primeiro dia) em que Deus extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, nesse mesmo dia Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos”.

O Catecismo da Igreja afirma que “Aos domingos e nos outros dias de festa de preceito, os fiéis têm a obrigação de participar da missa”. “Satisfaz ao preceito de participar da missa quem assiste à missa celebrada segundo o rito católico no próprio dia de festa ou à tarde do dia anterior. (CIC. §2180)


Você sabe quais são os dias santos?
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica os dias santos, onde todo católico é obrigado a participar da Santa Missa, são:
1 – todos dos domingos do ano;
2 – o dia de Natal, que nem sempre cai no domingo;
3 – a Epifania, festa dos reis magos, dia 06 de janeiro, mas que no Brasil passou para o domingo seguinte;

4 – Ascensão de Jesus ao Céu, que cai num domingo;

5 – Corpus Christi, sempre numa quinta feira após a oitava de Pentecostes;

6 – Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, dia 1 de janeiro.

7 – Festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora, dia 8 de dezembro; não é domingo sempre, mas quem pode é obrigado a participar da santa Missa.

8 – Assunção de Nossa Senhora, dia 15 de Agosto; no Brasil passou para o domingo mais próximo.

9 – São José, dia 19 de março e 1 de maio;

10 – São Pedro e São Paulo, dia 29 de junho; passou no Brasil para o domingo seguinte.

11- Festa de Todos os Santos, dia 1 de novembro, no Brasil passou para o domingo seguinte. 


Assim diz o Catecismo: 
§2177 – “Devem ser guardados [além dos domingos] o dia do Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Epifania, da Ascensão e do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, de Santa Maria, Mãe de Deus, de sua Imaculada conceição e Assunção, de São José, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, e por fim, de Todos os Santos” (CDC, cân. 1246,1; n. 2043). 



“Por isso os fiéis são obrigados a participar da Eucaristia nos dias de preceito, a não ser por motivos muito sérios (por exemplo, uma doença, cuidado com bebês) ou se forem dispensados pelo próprio pastor. Aqueles que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem pecado grave.” (§2181)
As necessidades familiares ou uma grande utilidade social são motivos legítimos para dispensa do preceito do repouso dominical. Neste caso a pessoa deve participar da Missa outro dia.

O domingo deve ser dedicado às boas obras; à evangelização, catequese, à caridade, aos serviços aos doentes e idosos. É o dia de se visitar os parentes, descansar; fazer uma reflexão, silêncio, meditação. Quem precisa trabalhar no domingo, então deve buscar o repouso e a oração em outro dia. E os patrões têm a obrigação de facilitar aos empregados ao menos participar da santa missa no domingo.

Fonte : Blog Professor Felipe Aquino Canção Nova


Como podemos observar, vimos que os três primeiros mandamentos têm uma intima relação entre Deus e o homem. A partir daí, temos a base primordial para nos apoiarmos e o modelo corretíssimo a ser seguido.
Esperamos que estas explicações sejam bastante úteis a todos vocês. Queremos deixar bem claro mais uma vez, que tais explicações foram extraídas do livro "Catecismo na Igreja Católica" e que não temos a intenção de espalharmos a nossa verdade. Queremos apenas expôr e partilhar o que a Santa Igreja Católica já orienta.
 

sábado, 27 de outubro de 2012

O Segundo Mandamento

Segundo Mandamento: Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão

“Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão.” (Ex 20,7) O nome do Senhor é santo, é sagrado, os judeus nem mesmo o pronunciavam, ao invés de Iahweh, diziam Adonai (meu Senhor), por respeito. Por isso o homem não pode abusar do nome de Deus. Deve guardá-lo na memória num silêncio de adoração amorosa. Não fará uso dele a não ser para bendizê-lo, louvá-lo e glorificá-lo.

O segundo mandamento regula o respeito e os sentimentos para com tudo o que é sagrado. O cristão deve testemunhar o nome do Senhor, confessando sua fé sem ceder ao medo e as ameaças, e defender com zelo tudo o que ensina a Igreja ensina. São Cipriano de Cartago dizia que “quem não tem a Igreja por mãe, não tem Deus como Pai.”

O segundo mandamento proíbe o abuso do nome de Deus, de Jesus Cristo, da Virgem Maria e de todos os santos. (Cat. §2146). A blasfêmia é pecado grave contra o segundo Mandamento. Ela consiste em proferir contra Deus interior ou exteriormente palavras de ódio, de ofensa, de desafio. S. Tiago reprova “os que blasfemam contra o nome sublime (de Jesus) que foi invocado sobre eles” (Tg 2,7). A proibição da blasfêmia se estende às palavras contra a Igreja de Cristo, os santos, as coisas sagradas.

Jesus expôs o segundo Mandamento no Sermão da Montanha: “Ouvistes o que foi dito aos antigos: ‘Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos para com o Senhor’. Eu, porém, vos digo: não jureis em hipótese nenhuma… Seja o vosso ‘sim’, sim, e o vosso ‘não’, não. O que passa disso vem do Maligno” (Mt 5,33~34.37).

O segundo Mandamento lembra que o “nome de Batismo dado a uma criança deve ser o nome de um santo, ou também exprimir um mistério cristão ou uma virtude cristã”.

O cristão começa seu dia, suas orações e suas ações com o sinal da cruz, “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém”. O sinal da cruz nos fortifica nas tentações e nas dificuldades.

Deus chama a cada um por seu nome. O nome de todo homem é sagrado. O nome é o ícone da pessoa. Exige respeito, em sinal da dignidade de quem o leva. (cf. §2158) Por isso não se deve usar apelidos. O nome recebido é um nome eterno. No Reino, o caráter misterioso e único de cada pessoa marcada com o nome de Deus resplandecerá em plena luz. “Ao vencedor… darei uma pedrinha branca na qual está escrito um nome novo, que ninguém conhece, exceto aquele que o recebe”. (Ap 2,17) “Tive esta visão: eis que o Cordeiro estava de pé sobre o Monte Sião com os cento e quarenta e quatro mil que traziam escrito sobre a fronte o nome dele e o nome de seu Pai”. (Ap 14,1) (Cat §2159)
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Fonte : Blog Professor Felipe Aquino - Canção Nova

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Primeiro Mandamento

Primeiro Mandamento: Amar a Deus sobre todas as coisas




Jesus tornou perene os Dez Mandamentos como lei moral. Quando o jovem lhe perguntou o que era necessário fazer para ganhar o céu, Ele disse: “Se queres entrar para a Vida, guarda os mandamentos. Não matarás, não adulterarás, não roubarás, não levantarás falso testemunho, honra pai e mãe” (Mt 19,16-19).

O primeiro dos Mandamentos se refere ao amor de Deus. Jesus resumiu assim: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento” (Mt 22,37). Estas palavras seguem as do Antigo Testamento: “Escuta; Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único” (Dt 6,4-5).

O Primeiro Mandamento condena o politeísmo e as formas de idolatria, adorar outros deuses. Amar a Deus é crer e esperar Nele, e amá-lo acima de tudo. Adorar a Deus, orar a Ele, oferecer-lhe o culto que lhe é devido, cumprir as promessas, obedecer a seus mandamentos.

São faltas graves contra o Primeiro Mandamento a superstição, o ateísmo, a magia, o espiritismo, a idolatria, a simonia (comércio de funções sagradas), a blasfêmia contra Deus e os santos, tentar a Deus, recurso a Satanás ou aos demônios para descobrir o futuro, consulta a horóscopos, necromantes, cartomantes, a quiromancia, a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão, o recurso a médiuns; tudo isto esconde uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e, finalmente, sobre os homens, ao mesmo tempo que um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. É o chamado ocultismo (cf. Lv 19,31; 20,6.9.27; Dt 3,19; 18,9-14; 1Cr 10,12-13). Também a feitiçaria, com as quais a pessoa pretende domesticar os poderes ocultos, para colocá-los a seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo – mesmo que seja para proporcionar a este a saúde – são gravemente contrárias à virtude da religião. 


A superstição é o desvio do sentimento religioso. É acreditar por exemplo em sorte dada por uma ferradura colocada na porta, sal grosso para espantar maus espíritos, etc.

A ação de tentar a Deus consiste em pôr a prova, em palavras ou em atos, sua bondade e sua onipotência.

O grande pecado é colocar Deus em segundo lugar, trocar o amor do Criador pelo das criaturas. Quem ama a Deus, obedece seus mandamentos e cumpre a sua santa vontade.
Fonte : Blog Professor Felipe Aquino - Canção Nova